Hering pretende dar outra roupagem às suas marcas
PUC e Dzarm devem ter novidades para este ano, enquanto 507 lojas da Hering Store devem ser abertas no período
A primeira sofrerá este ano alguns ajustes na rede, com a
descontinuidade de algumas operações. A marca de nicho, mais transada e
de preço mais salgado que as da marca Hering Kids, faturou 124,1 milhões
de reais em 2011, um crescimento de 26,3%, cerca de 8% do total da
companhia. “Os números estão dentro do que esperávamos e acreditamos que refletem o
trabalho que temos feito com a marca e o mix de produtos”, disse Fábio
Hering, CEO da companhia. “Porém, acreditamos que a marca ainda tem um
potencial grande crescimento e estamos reanalisando como atingir esse
aumento da melhor forma”. De acordo com o executivo, foi feito uma espécie de mapeamento das
lojas para verificar quais traziam melhores resultados e estavam
adequadas às estratégias da companhia. Cerca de duas lojas que estariam
distantes do foco da marca serão fechadas. “Porém, estamos analisando outras oportunidades de abertura de novas
lojas, como nos shoppings cariocas, onde ainda não temos nenhuma
presença”, afirmou Hering. Algumas lojas da outra marca infantil da
companhia, Hering Kids, Hering Kids ainda estão tendo um espaço para
venda de produtos PUC. “Esse sistema tem funcionado muito bem”. Já o formato Hering Kids faturou 116,4 milhões de reais, 41,6% mais que
no ano passado e há planos para abrir outras 20 lojas da marca ainda
este ano. O potencial estimado pela companhia para o formato é de até
250 novas lojas de 60 metros quadrados de tamanho. “Estamos estudando de
que maneira isso será feito, incluindo a possibilidade de expandir a
marca por meio de franquias”, disse Frederico Oldani, CFO da Hering.
Dzarm em nova estampa
Ao contrário das marcas infantis, a Dzarm trouxe resultado abaixo das
expectativas – ainda assim, o faturamento de 98 milhões de reais é 42,2%
maior comparado ao de 2010. “Não conseguimos cumprir com o objetivo de abrir 3 a 4 lojas, como
planejávamos, porque não encontramos pontos adequados para o perfil dos
consumidores da marca”, afirmou Hering. “Como temos apenas uma loja
piloto no Shopping Anália Franco, na capital paulista, fica difícil
medirmos o quanto a estratégia lá pode ser multiplicada.” A partir do segundo semestre de 2011, a companhia iniciou um
monitoramento grande para avaliar o fluxo nas lojas, corredor, tipos de
clientes, tendo conseguido reunir informações suficientes para aprimorar
o projeto com ajustes.
“Esses ajustes, que devem começar a ser feitos este ano, incluem um
novo mix de produtos e a intenção é abrir até 3 lojas se for possível
para testarmos o modelo em outros pontos, inclusive shopping com outro
perfil de publico com o objetivo é tornar a rede mais atrativa”, afirmou
o CEO da empresa. A rede Hering Store teve vendas totais de 1,2 bilhão de reais, 33,4% a
mais que ano anterior – e o equivalente a 76% do total faturado pela
companhia. O formato contou com 85 inaugurações e 31 reformas no ano,
com uma rede total de 432 lojas. A expectativa é que outras 507 lojas
sejam abertas ainda em 2012.
Algodão e resultados
No ano, a receita bruta da companhia atingiu 1,6 bilhão de reais, um
crescimento de 33,4%, o lucro ficou em 297,3 milhões de reais,
crescimento de 40,2% no período, e o ebtida em 394,5 milhões, com uma
margem de 29,1% no ano. O desempenho teve um impacto de aumento de custos de matéria-prima,
ocasionado pela alta do algodão, que culminou no aumento dos preços e
menor tráfego nas lojas. “Mas o aumento do tícket médio dos consumidores
compensou a queda”, afirma Oldani. No ano, a média do valor gasto pelos
clientes nas compras das marcas da empresa subiu de 89,69 reais para
97,65 reais.
Fonte: Portal Exame
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